terça-feira, 13 de julho de 2010

3

Chove em São Paulo. E isso de uns tempos pra cá é sim novidade. Temos tido uns diazinhos de sol. Claro, nada comparado com o verão, tempo em que nos damos ao luxo de sairmos de chinelo, óculos e "minis" por aí...Mas aquele mormacinho que já ajuda.
Ser humano mal agradecido. Quando é frio é porque é frio, quando é calor é porque é calor, então eu resolvi apreciar cada um desses diferentes que a vida me proporciona : nada como dormir ao som das gotinhas batendo na janela (por mais que eu saiba que no dia seguinte, vou odiá-las ao acordar cedo e tendo que usar guarda-chuva)

...

Enrolei certas linhas pra pular o capítulo três. Ah, como eu evitei você terceiro. Mas como eu iria passar pro quarto, sem você? Impossível. Diferente de muitas histórias, essa começou do fim. De um fim que, querendo ou não, eu sabia que não terminaria daquele jeito. A gente sempre sabe quando as coisas acabam de verdade. Muitas vezes a gente se engana, e acaba trocando o ponto final por reticências como no meu caso. Perda de tempo. Já sabemos o que vai ser, mas temos aquela pretensão de que tudo pode ser diferente.

Toda mudança gera esforços. E claro, que, se fossem faceis, não teriam este nome. Mas quem disse que viver é fácil? E tudo que conseguimos assim, de mão beijada, perde a graça. Aí perderíamos a adrenalina do que é viver, do frio na barriga, da mão gelada e dos dedos suados. Mudar de tudo que traria más e as principais boas lembranças, disfarçar o ciúmes com indiferença e principalmente perceber o quanto você já dispensou de tudo o que você tinha de melhor pra alguém. Essa sim, é a pior parte. Aquela sensação de egoísmo de que tudo o que você dedicou, foi em vão...

Respira, solta. Pensa que tudo acabou. Sorria. Olha pra frente, pro espelho. E pense que só alguém melhor do que você pode tirar tudo o que tu tens de mais bonito.

Nada como um final, é um final realmente bem acabado. Sem ponto vírgula, sem nada que mostrasse qualquer interesse de continuidade. Não sei porque a vida une as pessoas assim, mas sorte a nossa que ela dá a chance de escolhermos outros inúmeros caminhos e continua no círculo quem tiver vontade. Eu não tenho mais, e agora, eu termino com você terceiro.

Nenhum comentário: